quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Saiba o que levar em consideração ao contratar um técnico em informática


Com as casas se tornando ambientes digitais, profissional qualificado é cada vez mais solicitado

Vanessa Nunes | vanessa.nunes@zerohora.com.br

Acabou a disputa pelo cabo de rede na casa dos Hamester, em Porto Alegre. Mas foi preciso recorrer a um técnico em informática para solucionar o impasse. Ele instalou e configurou um roteador, e agora é possível navegar pela internet ao mesmo tempo a partir dos três computadores da residência.

– Para mim, o importante é que funcione. Ligar e navegar – adianta o gerente de negócios Fernando Hamester, 41 anos.

Ele não quis se aventurar em configurações e correr o risco de estragar algum equipamento. Até pensou em chamar um amigo entendido em informática, mas foi a mulher, Neusa, 37 anos, quem tomou a decisão: recorrer a um serviço especializado. Mas quem chamar?

Aí vem o alerta: é preciso cuidado na escolha do profissional. Deve-se buscar referências no mercado, reforça o presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul (Seprorgs), Renato Turk Faria. No Estado, segundo estimativa da entidade, há 12 mil empresas de informática e pelo menos 5 mil oferecem serviços de suporte a usuários. Há ainda os autônomos.

A precaução é questão de segurança, porque se abre a casa para um desconhecido. A pessoa irá circular pelo ambiente, talvez observar hábitos da família. Muitas vezes é uma relação de confiança, pondera o professor Ery Jardim, coordenador do Centro de Estudos em Governança de TI do Senac Informática.

Por indicação de um amigo, os Hamester optaram por contratar uma empresa especializada que também oferecesse garantia. Gastaram R$ 149 na contratação do serviço, com direito a suporte telefônico por três meses. O técnico de redes Milton Baptista Jorge Júnior foi até a residência do casal para configurar a web sem fio, e, agora, até o micro do quarto de Felipe, oito anos, acessa a internet graças a um adaptador USB que capta o sinal.

– Ele (o marido) trabalha muito em casa, então eu tinha de desconectar a internet do micro da sala para ele pôr no notebook. Agora, nós dois podemos usar (a web) ao mesmo tempo – diz Neusa.

Com as casas se tornando ambientes digitais, as possibilidades de convergência passam, muitas vezes, pela busca de um profissional qualificado:

– Há uma demanda bastante grande de serviços de integração do hometheater com o computador. As pessoas querem ver vídeos da internet na TV da sala – comenta Regina Lopes, presidente da TecTotal, empresa especializada em suporte, com 300 técnicos pelo país.

Redes de internet sem fio também figuram entre os serviços mais procurados. Só a TecTotal tem instalado, em média, 3,6 mil redes do tipo por mês no país. A inclusão digital de idosos e o boom da compra de computadores pela classe C foram outros fatores que turbinaram a demanda doméstica por esses profissionais.

Presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Estado (Seprorgs), Renato Turk Faria considera o suporte ao usuário um mercado em ebulição para as empresas de informática:

– Cresceu a demanda de convergência. – diz Faria, que também é professor da Faculdade de Informática da Ulbra Canoas.

Não existe, porém, um tabelamento de preços do profissional da área. Ele leva em conta, entre outras coisas, se o serviço é prestado por um autônomo ou uma grande empresa. Geralmente, a hora do técnico autônomo, segundo estimativa de Faria, oscila de R$ 50 a R$ 120, podendo chegar a R$ 200 se o cliente for corporativo. O valor também varia de acordo com o tipo de demanda exigida e a qualificação do profissional que prestará o serviço, completa Sergio Luis Garcia, gestor em Porto Alegre da TecnoCoop, cooperativa de trabalho na área de tecnologia da informação (TI).


Fonte:

www.clicrbs.com.br

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